De olho em evangélicos, Dilma deve retirar aborto de programa


Governadores aliados eleitos e reeleitos são unânimes em afirmar que a polêmica sobre a descriminalização do aborto e uma eventual mudança legal nas situações de interrupção de gestações foram os principais fatores que impediram a candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff, de ter vencido as eleições gerais de 2010 já no primeiro turno.
Em reunião com a presidenciável os aliados sugeriram uma espécie de força-tarefa para estancar os boatos de que Dilma seria a favor do aborto, de que teria mudado de discurso em relação ao tema e de que teria dito que “nem Deus tiraria a vitória” nas eleições.
A portas fechadas, a senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT-PR), por exemplo, disse para Dilma e à base governista que a onda de boataria teria começado no Paraná e sugeriu que a presidenciável fosse ao Estado para participar de um evento com representantes de igrejas para tentar minimizar o impacto das informações dissonantes sobre o aborto.
A favor e agora contra
Antes de ser candidata, Dilma defendia abertamente a descriminalização da prática -o fez, por exemplo, em sabatina na Folha em 2007 e em entrevista em 2009 à revista “Marie Claire”.
Depois, ao longo da campanha, disse que pessoalmente era contra a proposta. Hoje, diz que repassará a discussão ao Congresso.

Um comentário:

  1. Muda de opinião dependendo da situação. É bom lembrar que terá outras eleições.

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